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09 novembro 2005
Deambulou pelas horas entre neblina e as ruas estreitas que se atravessaram abruptamente no seu caminho. Não ladrou ao cão nem bebeu café, afastou o cabelo dos olhos, sorriu a uma sarjeta e rasgou o papel de parede. Subiu a colina, passou pelas flores, pelo guarda freio e abrandou junto ao Julião. Pedro chora abundantemente, ata o sapato, aperta a gravata e entrega o cata-vento. Retém-se poucos minutos, e sai veloz pela força do odor a churros e farturas que em dia de finados teima em parar à porta do cemitério.
04 novembro 2005
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