22 novembro 2005



antes de sepultar o dia, saímos da toca pelo traço do siza, e percorrendo o quadriculado pombalino em procissão descendente, chegamos à praça onde o sol se funde com a maresia

09 novembro 2005



Deambulou pelas horas entre neblina e as ruas estreitas que se atravessaram abruptamente no seu caminho. Não ladrou ao cão nem bebeu café, afastou o cabelo dos olhos, sorriu a uma sarjeta e rasgou o papel de parede. Subiu a colina, passou pelas flores, pelo guarda freio e abrandou junto ao Julião. Pedro chora abundantemente, ata o sapato, aperta a gravata e entrega o cata-vento. Retém-se poucos minutos, e sai veloz pela força do odor a churros e farturas que em dia de finados teima em parar à porta do cemitério.